Que queres de mim? Raios, o que queres de mim? Que quero de mim?
Que quero eu de mim? Afinal quem sou?
Um sonho, uma miragem talvez? Que somos todos?
Quero gritar, fugir, correr. Atirar-me em desespero contra as grades desta jaula que é a Vida. Anseio por quebrar as correntes que me prendem, quero ser livre.
O desejo consome, queima, a música martela os meus ouvidos, quebra barreiras, quase quebra os vidros. Quero quebrar também. Saltar no Infinito.
Desejo desesperadamente. Desejo-te desesperadamente. Sinto a ânsia que me consome, é tão nova e viva.
Sou animal, apenas instintos e emoções.
Para Inferno com toda a razão, quero viver!
Mesmo quando corro, quando grito, anseio por mais. Anarquia!
Ausência total de regras.
Solidão, quero a minha solidão, pois mesmo sozinha nunca estou só. Ouço vozes na minha cabeça, vejo histórias e vidas inteiras que decorrem por detrás dos meus olhos.
Poder. Criação.
Quero mais do que tudo libertar-me. Porque me mantenho presa assim, então? De que tenho medo?
Também gostaria de saber.
Manténs-me presa num desejo infernal que se cola a mim com garras ardentes e queima todo o vestígio de razão.
Não consigo pensar, tudo são sensações e instintos.
Fuga. Não existe.
Procuro frenética uma saída e encontro-te a ti. Serás tu a minha salvação?
Não importa, não quero ser salva. Deixai-me afundar no desejo, as correntes,as barras. Abatei-vos sobre mim, preciso de algo que me prenda, ou não conseguirei controlar-me.
Quem se importa? Quebrem-se todas as barreiras, coretem-se todas as cordas, queimem-se todas as pontes.
Por Deus, salva-me.
Liberta-me.
terça-feira, 25 de maio de 2010
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essa tão aclamada liberdade a que tanto imploramos :)
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